O perigoso acúmulo de resíduos sólidos no ambiente
Publicado em 28/07/2023

A urbanização e o crescimento populacional são responsáveis pelo aumento da geração de resíduos sólidos em todo o mundo.
Um problema global que gera prejuízos para o meio ambiente, mas também para a saúde das pessoas que o habitam. A sobrecarga dos aterros sanitários, a liberação de gases de efeito estufa, a contaminação do solo, da água e a ingestão de microplásticos são apenas alguns exemplos dos danos causados pela poluição descontrolada. Estamos – infelizmente – acostumados a ver plásticos e objetos descartáveis em ruas e ambientes urbanos, mas eles já ocupam outros lugares nada óbvios do planeta. Não faltam notícias e estudos alertando sobre a presença de resíduos em áreas remotas e ambientes supostamente intocados pela humanidade. O que se questiona é: qual o impacto e as dimensões de tudo isso?
Uma pesquisa de 2021 liderada por Björn Alfthan e Laurent Fouinat, da GRID-Arendal, com 1.750 entusiastas de montanhismo de 74 países descobriu que a maioria dos entrevistados (60%) observou um aumento nos resíduos sólidos nos últimos cinco anos em áreas de montanha. Além disso, os itens mais encontrados foram embalagens plásticas de alimentos, equipamentos de primeiros socorros e equipamentos para a prática do esporte. A região de Khumbu, lado nepalês do monte Everest, é frequentemente alvo de filmagens denunciando o acúmulo de resíduos em acampamentos e trilhas. A iniciativa “carry me back” da ONG local SPCC em conjunto com a organização Sagarmatha Next e a empresa social BW2V, oferece bolsas para que montanhistas se ofereçam para carregar resíduos coletados até um ponto de coleta apropriado. O projeto já removeu 7.000 kg de resíduos sólidos no Nepal com a ajuda de 4.275 participantes.
Além do topo do mundo, o fundo do oceano também é uma grande vítima dessa poluição. Imagens do banco de dados japonês Deep-sea Debris, lançadas para uso público em março de 2017, detectaram um saco plástico a 10.898 metros de profundidade na Fossa das Marianas, conhecida como o local mais profundo dos oceanos e localizada no oceano Pacífico. O banco de dados deixou claro que os plásticos são onipresentes mesmo em profundidades superiores a 6.000 metros, e que a maioria deles (92%) são produtos de uso único. Outra descoberta é que organismos e animais marinhos foram observados em 17% das imagens de detritos plásticos, ilustrando a porta de entrada desse material na cadeia alimentar.
Diante dessa realidade alarmante, muitos governos, cientistas, empresas e indivíduos estão buscando soluções para evitar que resíduos, principalmente plásticos, continuem se acumulando no ambiente. Nos dias 29 de maio a 2 de junho, por exemplo, foi realizada em Paris, França, a segunda sessão do Comitê de Negociação Intergovernamental (CNI) para desenvolver um instrumento internacional juridicamente vinculativo sobre poluição plástica, inclusive no ambiente marinho. Infelizmente, algumas divergências entre os países acabaram atrasando o avanço do tratado, mas, ainda assim, estima-se que o documento esteja pronto até o final de 2024.
A ERT faz parte da solução e acredita em um futuro renovável, jamais descartável. Os nossos produtos fazem parte de um grupo de soluções que promovem uma economia circular, evitando o acúmulo de resíduos sólidos e os danos derivados dele.
Fonte:
https://www.carrymebackbag.com/
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0308597X17305195#! https://umsoplaneta.globo.com/sociedade/noticia/2023/06/01/divergencias-entre-paises-atrasam-negociacao-global-sobre-tratado-de-plastico-em-paris.ghtml