Novas sanções aos plásticos descartáveis

Publicado em 14/08/2023

Em 1º de julho de 2023, a Nova Zelândia alcançou mais um marco significativo em sua luta contra a poluição plástica, ao banir mais uma gama de itens, como as sacolinhas finas frequentemente utilizadas em supermercados para embalar frutas e verduras.

Essa iniciativa reflete uma tendência global, na qual diversos países têm adotado medidas para proibir, embora com diferentes graus de severidade, a circulação de materiais evidentemente prejudiciais ao meio ambiente e promover uma mudança para alternativas mais sustentáveis. 

Como qualquer outra medida implementada em território nacional, sanções contra  a produção e uso de itens plásticos enfrenta a resistência da população e de algumas empresas. Mas a aceitação tende a ser majoritariamente positiva. Segundo a pesquisa “Atitudes em relação ao plástico de uso único”, conduzida pela Ipsos em conjunto com o Plastic Free July e publicada em fevereiro de 2022, 75% das pessoas em 28 países ao redor do mundo concordam que o plástico de uso único deve ser banido o mais rápido possível, evidenciando um forte apoio internacional para a implementação de medidas mais rigorosas.

Os neozelandeses estão vivenciando essa mudança de paradigma desde 2022, quando teve início um plano de três etapas do governo para eliminar gradualmente os plásticos descartáveis e difíceis de reciclar. Conforme determinações do governo do país, os itens considerados mais fáceis de substituir serão eliminados mais cedo do que os mais desafiadores, para que a população e os negócios tenham tempo de adaptar processos e de buscar alternativas. A primeira fase do plano foi implementada em 1º de outubro de 2022 e baniu itens como cotonetes de plástico, embalagens de isopor e bandejas de comida em pvc. 

A segunda fase, recentemente implementada em julho deste ano de 2023, tirou do mercado mais algumas categorias de itens plásticos e sugeriu alternativas. Os rótulos plásticos de produtos, como os encontrados em maçãs, terão que mudar para uma versão compostável. Já a última fase do plano está prevista para meados de 2025 e pretende banir todas as outras embalagens de alimentos e bebidas em PVC e poliestireno. Com isso, a Nova Zelândia pretende, até 2025, ser uma economia circular de baixa emissão de carbono e baixo desperdício, ajudando outros países a fazerem o mesmo.

Além da Aotearoa – nome maori original da Nova Zelândia – outros países também já tentaram barrar categorias específicas de plásticos considerados uma ameaça ao meio ambiente natural. Em 2015, o Malawi tornou-se um dos primeiros países da África a impor uma proibição de sacolas plásticas finas e leves. Logo depois, a medida enfrentou oposição de empresas que alegavam que 5.000 empregos poderiam ser perdidos. Os defensores da medida alegam que os malawianos geram mais de 0,20 kg de resíduos plásticos por pessoa por dia – ou 73 kg por ano – e os sistemas de gerenciamento de resíduos e a conscientização pública são inadequados para lidar com os resíduos em geral. 

Para conciliar as novas metas com a necessidade da população, são necessários novos produtos e materiais. Nesse cenário, a indústria de bioplásticos compostáveis assume um papel fundamental na transição para uma economia circular. Na ERT, buscamos trabalhar em colaboração com governos, empresas e a sociedade para garantir um futuro mais limpo e sustentável para as gerações futuras, por meio de soluções renováveis e de baixo impacto ambiental.

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